segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Final do Campeonato Brasileiro de Motovelocidade - Moto1000GP

Neste domingo 01/12, em Cascavel-PR, no Autódromo Internacional Zilmar Beux, aconteceu a oitava e última etapa do Campeonato Brasileiro de Motovelocidade (Moto1000GP).

Na sexta-feira choveu bastante, o que atrasou os treinos livres. Já no sábado, o sol apareceu forte e animou as equipes para os treinos que definiram as posições de largada no domingo.

No domingo, saí as oito horas de Foz do Iguaçu em direção a Cascavel e combinei com o casal Rogério e Yilda de nos encontrarmos lá. Inclusive o Rogério tem também uma Suzuki VStrom 650, também de cor cinza, igual a minha.
A galera do motoclube Barraqueiros do Asfalto resolveu não aparecer. Assim, apenas eu e o casal Rogério/Yilda curtimos o evento. Saímos do evento por volta das 14:30hs e fomos até uma churrascaria no centro de Cascavel para almoçarmos. Por volta das 16:30hs estávamos retornando a Foz do Iguaçu.

Esse final de semana foi mais uma prova de como a paixão pelas nossas queridinhas motocicletas são um ótimo meio de fazermos novas amizades. E como essas novas amizades fluem de modo muito fácil. Conheci esse casal no sábado, quando estávamos no Pico Motos em Foz. Conversa vai e conversa vem, avisamos a eles desse evento e que tínhamos ingressos grátis (de cortesia) para distribuir. Cedemos dois ingressos a eles e estiveram lá. Conversamos e comentei com eles sobre meu projeto de conhecer o deserto do Atacama no Chile ano que vem. E já senti por parte do Rogério o interesse em fazer a mesma viagem. Ou seja, bastou um simples final de semana e algumas palavras e idéias trocadas para nos imaginarmos em uma viagem maior.
Tenho lido através dos diversos relatos de viagens de motociclistas que você pode iniciar uma viagem solo, mas sempre encontrará companhia pelo caminho. Assim, não desanime se não encontrar alguém para iniciar aquela viagem dos seus sonhos. Você certamente encontrará companhia pelo caminho e nunca ficará sozinho.

Maiores informações sobre o evento, bem como os vencedores em cada bateria, veja o site oficial: www.moto1000gp.com.br

Algumas fotos do evento. Clique nas fotos para ampliar.


Visão geral da reta dos boxes e arquibancada.

Os competidores na curva de acesso à reta dos boxes.

A mais de 200 km/h no retão dos boxes.

Empinando a moto a mais de 200 km/h

Eu e o casal Rogério e Yilda nos protegendo do sol.

Nós de novo sob o sol escaldante do domingão maravilhoso.


sábado, 16 de novembro de 2013

Acessórios: Piloto automático (Cruise Control) e Tanque reserva de combustível.

Além da pedaleira avançada para apoio dos pés, objeto de outro artigo anterior, adquiri outros dois acessórios que considero bastante interessantes e importantes para viagens de moto.

O primeiro é o piloto automático (Cruise Control) universal, que serve para guidão com diâmetro de 7/8 a 1 polegada. Proporciona mais conforto em viagens médias e longas, uma vez que voce pode travar o manete da aceleração em determinado nível de aceleração (a 120 km/h por exemplo), podendo tirar a mão direita do guidão por alguns segundos, exercitando-a, enquanto dirige com a esquerda. Isso evita dores e o formigamento, após longos períodos pilotando.Comprei pelo www.mercadolivre.com.br ao preço de cerca de R$ 200 (duzentos reais), com frete incluso.

Veja abaixo como ficou já instalado na minha Suzi (VStrom 650).






Visto de outro ângulo===============>






O outro acessório que considero importante para longas viagens de moto é um tanque reserva de combustível. O tanque abaixo foi uma dica muito legal do site "www.viagemdemoto.com" (veja em "Dicas"), do motociclista Otávio Araujo, 69 anos, de Taubaté-SP.
É um tanque de óleo para mistura com a gasolina que os motores de popa 2T (dois tempos) usam. Esse, se não me engano, é do motor Mercury. A sua capacidade é de cerca de 10 litros. A primeira vez que o testei foi a duas semanas atrás aqui em Puerto Iguazu, na Argentina, cidade que faz fronteira com Foz do Iguaçu, onde moro. Abasteci o carro e pedi para abastecer o tanquinho. Conversando com a frentista, ela me disse que não mais vende combustível em recipientes que não sejam apropriados (garrafas pet, por exemplo), mas somente em recipientes próprios como aquele. Consegui colocar 11 litros de gasolina do tipo "Super" no tanquinho.
Para a VStrom 650, dá uma boa autonomia adicional, ou seja, cerca de 200 km, dependendo do tipo de tocada que cada um tem. Somados aos 22 litros do tanque da VStrom, a autonomia total pode chegar a mais de 600 km. Nada mal pra quem está pensando em rodar lá pelas bandas da Patagônia argentina ou a Carretera Austral, no Chile, onde as distâncias entre os postos pode ser grande.

 O abastecimento de combustível do tanque (entrada) é feito pela tampa da esquerda, que inclusive já veio com o cordãozinho para eu não perder a tampa.
A tampa da direita não precisa ser aberta, a menos que alguma manutenção seja necessária. No meu caso, eu a abri para arrancar a bóia elétrica marcadora do nível do combustível, que acompanha o produto originalmente, porém desnecessária para o uso a que me proponho.

Veja as marcações na lateral do tanque em litros ("liter")
e em galões americanos ("U.S. Gal").
 Em relação às mangueiras de saída do combustível, uma delas é de saída dos gases que se formam no seu interior. Se esses gases não forem expelidos, a pressão interna exercida deformará o recipiente, podendo até explodir. É conhecido como "respiro".
A outra mangueira é de saída do combustível, por onde você vai abastecer sua moto.
Quando comprei o tanque, as duas mangueiras vieram em seu tamanho original, de cerca de 3 metros. Cortei-as para facilitar o manuseio e......


instalei duas válvulas nas extremidades, como pode ser visto ao lado. As válvulas foram compradas em lojas de ferragens e/ou de artigos elétricos que tenham acessórios para gás e custam entre R$5 e R$15 cada. Instalei uma válvula abre-fecha do respiro (redonda preta), pois não queria deixar a mangueira aberta, com risco do combustível líquido vazar. Raciocínio idiota esse meu, pois vou ter que deixar o registro aberto para escoar os gases...!!! Mas tudo bem, vivendo e aprendendo...
O outro registro abre-fecha, mais caro, não quis igual ao do respiro, pois neste o reparo é de borracha, que pode ser corroído pela gasolina rapidamente. No registro que instalei, o fechamento é feito com uma esfera de metal (alumínio creio) e que pode durar mais.

Achar este tanque reserva foi fácil. Tinha um na primeira loja de manutenção de motores de popa que liguei. Porém, quando cheguei lá, o vendedor me mostrou outros tipos, que não gostei. Mas fui perguntando e conversando mais. Quando o vendedor percebeu que eu não ficaria com aqueles que ele já tinha me oferecido, me mostrou esse aí de cima, igualzinho ao do Gugu referido acima. Pronto, é esse mesmo. Ele tinha me dado o preço de R$ 80 por telefone e R$ 70 após uma "choradinha básica". Assim, ficou por R$ 70 um tanque como esse usado, mas em excelente estado. O vendedor me disse ainda que um tanque desses novo sai por US 300 (trezentos dólares). Não sei se é verdade, mas também não vou checar. Fiquei contente demais e acho que saiu quase "de graça".
No mais, é seguir a fantástica dica do Gugu e colocá-lo dentro de uma mochila no banco do garupa para transportá-lo discretamente. Segundo os relatos dos viajantes, nos países do Mercosul (Argentina, Uruguai, Paraguai), bem como Chile, Bolívia, Peru, não há problemas no transporte de combustível em recipientes próprios desta forma.

Sei que fui por demais ansioso em comprá-lo antes de planejar uma grande viagem, em que ele será realmente necessário. Mas não queria perder a oportunidade de adquirí-lo por esse preço. Até chegar minha grande viagem de moto, vou usá-lo para trazer gasolina pra moto quando abastecer o carro nos postos de Puerto Iguazu, aqui ao lado na Argentina.

sábado, 12 de outubro de 2013

Viagem de moto para Bonito - MS


Há algum tempo atrás me cadastrei no site "www.mototour.com.br" e venho recebendo regularmente e-mails sobre os encontros de motos pelo Brasil afora.

Após receber o e-mail sobre o encontro de motos na cidade de Bonito, no estado do Mato Grosso do Sul, fiquei animado, pois já há algum tempo tinha vontade de conhecer a cidade, que é um dos melhores destinos do ecoturismo no Brasil, e de quebra, participar do encontro.

O Alcides, companheiro de viagens, topou a empreitada e "fechamos" a viagem. Apenas um detalhe: ele não queria viajar com a sua VStrom DL 1000, mas de triciclo. E não é um triciclo comum. Veja nas fotos abaixo o estilo e a originalidade da "peça". Por onde passa, vira uma atração turística à parte, arrancando espanto, sorrisos e gargalhadas estrondosas. Essa é a principal razão porquê gosto do triciclo do Alcides: ao arrancar sorrisos, faz o dia das pessoas mais feliz. Você precisa conhecer o Alcides e o seu "Amado" ao vivo. O "Amado" é o simpático esqueleto completo (com uma toca colorida) que vai pilotando o triciclo à frente, bem junto ao pneu dianteiro. Observe abaixo.

(Clique nas fotos para ampliar).



O encontro de motociclistas estava previsto para os dias 04 a 06 de outubro. Assim, programei férias de 5 dias no trabalho (30/09 a 04/10-segunda a sexta) nesta semana do encontro, já com uns 3 meses de antecedência. Desta forma, poderia chegar na segunda ou terça para curtir os passeios turísticos e, no fim de semana, aproveitar o encontro de moto.

Aos poucos, fui preparando a moto para a viagem. Uma das coisas que providenciei foi a pedaleira avançada para esticar as pernas, e que foi objeto de outro artigo já publicado. Um outro acessório que ainda vou instalar é o piloto automático que, em viagens maiores, faz muita falta. Esse acessório trava o manete da aceleração, permitindo que você solte a mão direita e a exercite um pouco, evitando o "formigamento" e as dores após longos períodos pilotando.

De Foz do Iguaçu-PR a Bonito-MS foram quase 800 km de estradas asfaltadas, na maioria pista simples, em bom estado, e que dá para fazer num dia só. Passamos por Marechal Cândido Rondon e Guaíra ainda no Paraná, e Mundo Novo, Naviraí, Dourados e finalmente Bonito, no Mato Grosso do Sul, entre outras cidades menores. Em todo o trecho, pagamos apenas um pedágio no valor de R$ 5,40, ainda próximo de Foz do Iguaçu.- A idéia inicial era sair de Foz na segunda-feira, 30/09, mas o Alcides só poderia sair lá pelas 15hs. Como estava chovendo, resolvemos deixar para sair na terça-feira bem cedo.

Não preciso dizer que quase não dormi de segunda pra terça. A ansiedade toma conta dos pensamentos e afugenta o sono. Seria a primeira vez que viajaria com os baús laterais da Givi (emprestados do Alcides). Queria sentir o peso dos baús e o quanto eles "segurariam" a moto na estrada, caso quisesse andar um pouco mais rápido.

Saímos por volta das 06:40 h do dia 01/10 da frente de casa e paramos no Posto 3 Fronteiras da BR 277 para completar os tanques.

Resuminho da viagem:

Motos: Suzuki VStrom 650 (Alexandre - Miti) e o Triciclo e seu "Amado" (pilotado pelo Alcides)
Destino: Bonito - MS
Distância percorrida: 1.790 km, ida e volta (incluindo os deslocamentos no destino)
Estados: Paraná e Mato Grosso do Sul.
Período: 01/10 a 06/10/2013 (terça a domingo).

 Veja nosso roteiro abaixo, pelo Google Maps:



Na foto abaixo à esquerda, saindo do portão de casa, no dia 01/10/2013. Na foto da direita, uma paradinha para hidratação logo após o posto de fiscalização da Polícia Rodoviária Federal, antes de atravessar a ponte que separa Guaíra e Mundo Novo, já no Mato Grosso do Sul, após termos rodado cerca de 260 km.           


Na foto abaixo, cruzando a ponte sobre o rio Paraná, o Paranazão. À direita, parada para almoço no Restaurante Lara, em Itaquiraí, a cerca de 330 km de Foz.



Ainda no gramado do Restaurante Lara, já "abastecidos". Ao lado, no trevo de Naviraí.









De novo o trevo de entrada em Naviraí. É o monumento das Araras, representado pela escultura de tres araras, sendo uma de asas abertas em cima de dois galhos contorcidos. As fotos da direita e logo abaixo foram feitas no trevo de entrada da cidade de Caarapó, que é um termo oriundo da língua tupi e significa "raiz de erva mate". Também tem um monumento dedicado às aves. (Fonte:Wikipédia).





Ainda no trevo para seguir para Dourados ou Naviraí.










Chegando a Bonito, a entrada simples do Camping Nómadas, abaixo na foto do meio.


 Acima, as duas barracas já montadas, a minha (azul) para 2 pessoas e a do Alcides (cinza) para 4 pessoas. Montamos as barracas na área coberta da casa. Abaixo à direita, o banheiro com água quente, pia e espelho do lado de fora com uma decoração simples mas original. Abaixo à esquerda, a Suzi ao lado da barraca em área coberta. Mais fotos do camping acima e abaixo.


 

Àcima e abaixo, a cozinha do camping, à disposição pra quem quiser usar. E acima à direita, a garagem improvisada onde o Alcides estacionou o triciclo e seu Amado.






Acima à direita, a entrada do Balneário Municipal. Apesar do nome sugerir uma coisa pública mal cuidada, não é isso que ocorre. Tudo muito limpo e organizado. Não pude perder abaixo o pássaro trabalhando para construir seu ninho. Abaixo, o trevo de acesso ao Balneário.








Ao lado, uma visitante "se dobrando" de rir do triciclo do Alcides e o seu "Amado".




 Na foto à direita, o balneário municipal conta com salva-vidas em sua infra-estrutura. Muito bom!





Olha que foto linda do mico.
Fazendo "snorkeling" nas águas transparentes do balneário municipal. À direita, indo para a Gruta do Lago Azul, o cartão postal da cidade de Bonito.



Descendo a trilha de acesso à Gruta, sempre com guias monitores. E ao lado, uma foto do lago azul...lindo demais.


Essa foto abaixo lembra.....bom, deixa pra lá. Ao lado, eu e o Alcides numa foto com flash, mas não ficou boa porque o fundo mais bonito da gruta ficou escurecido. Ainda tenho muito que aprender sobre fotografia.

À direita, outro passeio, a entrada do Aquário Natural.







Acima e ao lado, percorrendo as estradas de terra para chegar aos passeios, alguns a 30 e 60 km de distância da cidade. O Alcides pilotando o triciclo e eu na poltrona atrás, batendo as fotos.
Olhe nesta foto ao lado o simpático esqueletinho com sua cabeleira já cinza pela fuligem (era branca). Foi fixado no guidão esquerdo do triciclo e dá "tchauzinho" pra todos que cruzam com a gente. Pena que a foto o pegou de costas.

A flutuação no aquário e a tirolesa ao lado e abaixo.








A foto com a galera que arriscou a tirolesa.





Aqui, outro passeio: o da Boca da Onça. Começamos descendo uma escada com 886 degraus.





Descendo a escadaria. e A cachoeira com 156 metros de altura, natureza linda e exuberante.


Uma das espécies de figueira, a F. Clusiifolia, ou figueira-vermelha, nativa do Brasil, é uma das que se comportam como "estranguladoras". Ocasionalmente, germinam sobre outras árvores, e crescem como epífitas até que suas raízes alcancem o solo. Então as raízes engrossam, crescem em volta da árvore hospedeira, até que a figueira a sufoca por cintamento ou compete com a planta hospedeira na absorção de água do solo, que acaba morrendo. Seus frutos são vermelhos, pequenos, mas saborosos. Fonte: Wikipédia.

Pelo caminho, várias citações/frases da dona da fazenda. Muitas cachoeiras pelo caminho e, abaixo, o buraco do macaco.


















Um jacarézinho se refrescando nas águas do lago.







Findo o passeio na Boca da Onça, passamos a curtir o encontro de motos na praça principal da cidade, que tem dois grandes monumentos de peixes na fonte. Abaixo, dois triciclos customizados ao gosto do dono.








E a lado, o palco dos shows de rock´n roll.






No passeio do Rio da prata, olha que papagaio filhote mais lindo, se aquecendo ao sol.







E uma foto na viagem de volta, que foi no domingo, dia 06/10/13, quando rodamos os 800 km. Saímos de Bonito por volta das 07 hs e chegamos a Foz às 18:30h.
Final de uma pequena viagem e os pensamentos já voltados para uma viagem maior. Quem sabe desta vez para o Atacama, no Chile, destino já percorrido por muitos motociclistas. Até lá.