sábado, 16 de novembro de 2013

Acessórios: Piloto automático (Cruise Control) e Tanque reserva de combustível.

Além da pedaleira avançada para apoio dos pés, objeto de outro artigo anterior, adquiri outros dois acessórios que considero bastante interessantes e importantes para viagens de moto.

O primeiro é o piloto automático (Cruise Control) universal, que serve para guidão com diâmetro de 7/8 a 1 polegada. Proporciona mais conforto em viagens médias e longas, uma vez que voce pode travar o manete da aceleração em determinado nível de aceleração (a 120 km/h por exemplo), podendo tirar a mão direita do guidão por alguns segundos, exercitando-a, enquanto dirige com a esquerda. Isso evita dores e o formigamento, após longos períodos pilotando.Comprei pelo www.mercadolivre.com.br ao preço de cerca de R$ 200 (duzentos reais), com frete incluso.

Veja abaixo como ficou já instalado na minha Suzi (VStrom 650).






Visto de outro ângulo===============>






O outro acessório que considero importante para longas viagens de moto é um tanque reserva de combustível. O tanque abaixo foi uma dica muito legal do site "www.viagemdemoto.com" (veja em "Dicas"), do motociclista Otávio Araujo, 69 anos, de Taubaté-SP.
É um tanque de óleo para mistura com a gasolina que os motores de popa 2T (dois tempos) usam. Esse, se não me engano, é do motor Mercury. A sua capacidade é de cerca de 10 litros. A primeira vez que o testei foi a duas semanas atrás aqui em Puerto Iguazu, na Argentina, cidade que faz fronteira com Foz do Iguaçu, onde moro. Abasteci o carro e pedi para abastecer o tanquinho. Conversando com a frentista, ela me disse que não mais vende combustível em recipientes que não sejam apropriados (garrafas pet, por exemplo), mas somente em recipientes próprios como aquele. Consegui colocar 11 litros de gasolina do tipo "Super" no tanquinho.
Para a VStrom 650, dá uma boa autonomia adicional, ou seja, cerca de 200 km, dependendo do tipo de tocada que cada um tem. Somados aos 22 litros do tanque da VStrom, a autonomia total pode chegar a mais de 600 km. Nada mal pra quem está pensando em rodar lá pelas bandas da Patagônia argentina ou a Carretera Austral, no Chile, onde as distâncias entre os postos pode ser grande.

 O abastecimento de combustível do tanque (entrada) é feito pela tampa da esquerda, que inclusive já veio com o cordãozinho para eu não perder a tampa.
A tampa da direita não precisa ser aberta, a menos que alguma manutenção seja necessária. No meu caso, eu a abri para arrancar a bóia elétrica marcadora do nível do combustível, que acompanha o produto originalmente, porém desnecessária para o uso a que me proponho.

Veja as marcações na lateral do tanque em litros ("liter")
e em galões americanos ("U.S. Gal").
 Em relação às mangueiras de saída do combustível, uma delas é de saída dos gases que se formam no seu interior. Se esses gases não forem expelidos, a pressão interna exercida deformará o recipiente, podendo até explodir. É conhecido como "respiro".
A outra mangueira é de saída do combustível, por onde você vai abastecer sua moto.
Quando comprei o tanque, as duas mangueiras vieram em seu tamanho original, de cerca de 3 metros. Cortei-as para facilitar o manuseio e......


instalei duas válvulas nas extremidades, como pode ser visto ao lado. As válvulas foram compradas em lojas de ferragens e/ou de artigos elétricos que tenham acessórios para gás e custam entre R$5 e R$15 cada. Instalei uma válvula abre-fecha do respiro (redonda preta), pois não queria deixar a mangueira aberta, com risco do combustível líquido vazar. Raciocínio idiota esse meu, pois vou ter que deixar o registro aberto para escoar os gases...!!! Mas tudo bem, vivendo e aprendendo...
O outro registro abre-fecha, mais caro, não quis igual ao do respiro, pois neste o reparo é de borracha, que pode ser corroído pela gasolina rapidamente. No registro que instalei, o fechamento é feito com uma esfera de metal (alumínio creio) e que pode durar mais.

Achar este tanque reserva foi fácil. Tinha um na primeira loja de manutenção de motores de popa que liguei. Porém, quando cheguei lá, o vendedor me mostrou outros tipos, que não gostei. Mas fui perguntando e conversando mais. Quando o vendedor percebeu que eu não ficaria com aqueles que ele já tinha me oferecido, me mostrou esse aí de cima, igualzinho ao do Gugu referido acima. Pronto, é esse mesmo. Ele tinha me dado o preço de R$ 80 por telefone e R$ 70 após uma "choradinha básica". Assim, ficou por R$ 70 um tanque como esse usado, mas em excelente estado. O vendedor me disse ainda que um tanque desses novo sai por US 300 (trezentos dólares). Não sei se é verdade, mas também não vou checar. Fiquei contente demais e acho que saiu quase "de graça".
No mais, é seguir a fantástica dica do Gugu e colocá-lo dentro de uma mochila no banco do garupa para transportá-lo discretamente. Segundo os relatos dos viajantes, nos países do Mercosul (Argentina, Uruguai, Paraguai), bem como Chile, Bolívia, Peru, não há problemas no transporte de combustível em recipientes próprios desta forma.

Sei que fui por demais ansioso em comprá-lo antes de planejar uma grande viagem, em que ele será realmente necessário. Mas não queria perder a oportunidade de adquirí-lo por esse preço. Até chegar minha grande viagem de moto, vou usá-lo para trazer gasolina pra moto quando abastecer o carro nos postos de Puerto Iguazu, aqui ao lado na Argentina.