sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Isenção de pedágio para motocicletas

Parece que, tanto na esfera estadual quanto na federal, não conseguimos a isenção do pagamento de pedágio para nossas motocicletas.

Na esfera estadual, bem que o governador Roberto Requião, em sua eterna briga com as concessionárias que administram as rodovias do Paraná, tentou isentar as motocicletas. A Lei Estadual 15.722, de autoria do deputado estadual Mauro Moraes (PMDB), foi sancionada na época pelo governador, porém teve vida curta. A isenção vigorou de 18 a 22 de dezembro de 2007, período em que deixaram de arrecadar R$ 33.949,10 para cerca de 10 mil motocicletas que cruzaram os pedágios, segundo as empresas. Elas recorreram à Justiça Federal, que restabeleceu a cobrança.
Ainda naquele período, foram registrados sete acidentes, envolvendo sete motos, com oito pessoas feridas. Também foram feitos 55 atendimentos a motocicletas. Este é o balanço de atendimentos de acordo com as empresas concessionárias.

A análise que este motoblogueiro faz é a seguinte:  cerca de R$ 34 mil arrecadados em 5 dias de pedágio somente com motociclistas para um número de atendimentos pífio, como o apresentado acima, é muito, mas muito dinheiro, na minha opinião.E isso sem levantar qualquer suspeita sobre os números acima, que foram divulgados pelas próprias concessionárias. Quando se fala em isentar as motos do pagamento do pedágio, as concessionárias alegam que isso acarretará a quebra do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos de concessão. Acho que basta um olhar mais atento às praças de pedágio, seu entorno e às boas construções anexas para concluir se as concessionárias estão bem financeiramente ou não.

Já na esfera federal, a Comissão de Viação e Transportes rejeitou, em janeiro de 2010, o Projeto de Lei 6027/2009, do deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ), que isentava as motos do pagamento de pedágio nas rodovias. A proposta também proíbia o repasse de custos decorrentes dessa isenção ao preço do pedágio.
O relator, deputado Chico da Princesa (PR-PR), propôs a rejeição por discordar do principal argumento do autor, de que as motos, por terem peso leve, não causam dano ao asfalto e despesas de manutenção à empresa concessionária.
“Há outros fatores que precisam ser contabilizados, como os custos gerados pelos acidentes, quando as concessionárias têm despesas com a prestação de socorro e com a recomposição do patrimônio danificado, como postes de iluminação, placas de sinalização e proteções laterais”, diz o relator.
Além disso, Chico da Princesa afirma que os motociclistas também se beneficiam com a manutenção das rodovias e, por isso, devem participar do rateio dos custos.

Porém, uma luz no fim do túnel pode surgir. Trata-se de uma isenção parcial, mas de toda maneira, já é algo para se comemorar. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira, dia 04/09/2012, em caráter conclusivo, o projeto de lei 1023/11, do deputado Esperidião Amin (PP-SC), que concede isenção do pagamento de pedágio ao motorista que comprovar residência permanente ou exercer atividade profissional permanente no município em que se localiza a praça de cobrança da tarifa. O projeto segue agora para análise do Senado e, se aprovado,vai para sanção ou veto da presidente Dilma.
Para se beneficiar da isenção, o proprietário deverá ter seu veículo credenciado periodicamente, conforme procedimentos a serem fixados por regulamento.

Como exemplo, os residentes de Jacarezinho-PR poderão ficar isentos do pagamento da tarifa do pedágio entre a cidade e Ourinhos (SP).
O pedágio localizado no Km 1,5 da BR-153, em Jacarezinho, na divisa com o estado de São Paulo via Ourinhos, administrado pela Econorte, é o terceiro mais caro entre os 28 existentes no Paraná, segundo pesquisa feita pelo npdiario(para veículos leves). 
São R$ 11,80 para automóvel e R$ 5,90 para motocicleta, um absurdo, por exemplo, quando alguém sai de Santo Antônio da Platina para um evento, passeio ou negócio em Ourinhos sendo obrigado a pagar R$ 23,60, ida e volta. O percurso é de somente 44 quilômetros.
A instalação dessa praça de pedágio trouxe reflexos também para Ourinhos, pois o fluxo de consumidores do Norte Pioneiro caiu em cerca de 30%.
No Paraná, há preços razoáveis como no KM 57,2 da BR 116 em Campina Grande do Sul: R$ 1,70 para automóvel - R$ 0,85 para motos e no KM 204,1 da mesma rodovia federal, em Rio Negro R$ 3,30 para automóvel - R$ 1,65 para moto.
O segundo trecho mais caro no estado fica no  KM 126,7 da BR-369 em Jataizinho, também da Econorte, com R$ 12,80 para automóvel e R$ 6,40 para moto. Curioso que cerca de 50 quilômetros dali, no KM 178 da mesma BR-369, trecho administrado pela Viapar, os preços caem para menos da metade: R$ 5,80 para carro e R$ 2,90 para motocicleta.
A assessoria de Imprensa da Econorte foi contatada e a resposta, lacônica, é que “os preços foram previstos quando da assinatura do contrato”.
Como curiosidade, o trecho mais caro é no KM 60, 2 da BR 277 em São José dos Pinhais, administrado pela Ecovia:R$ 13,90 para automóvel  e R$ 7,00 para motocicleta.

A meu ver, o governo, incompetente para manter as estradas em boas condições, repassou essa responsabilidade às empresas privadas e novamente foi incompetente, ao assinar contratos de exploração das rodovias com cláusulas de correção das tarifas por índices de inflação (normalmente o IGPM) que estão sufocando a população.

Para concluir, a dura realidade é que as tarifas de pedágio estão subindo num ritmo em que o poder aquisitivo da população não consegue acompanhar.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Passeio Stock Car - Cascavel - PR - 16/09/2012

Oitava Etapa da Stock Car em Cascavel - PR.
Previsão de tempo bom e seco.
Foz do Iguaçu a Cascavel : 140 km. Um "tirinho".
Pronto. Tá combinado o passeio "bate-e-volta" com a galera.
Domingo, 16 de setembro de 2012. Largada da corrida prevista para 09:30h em Cascavel.





Saída : Posto Shell da Av República Argentina, às 06:30h.

Olha aí ao lado uma parte da galera aguardando a chegada dos demais colegas.












Enquanto aguardávamos, lembramos de registrar em foto, pela primeira vez, o nosso Moto Clube chamado "Rastro de Tartaruga", criado pelo nosso amigo Bahia (de calça camuflada nas fotos). Segundo o Bahia, a idéia do nome é pra deixar claro que apreciamos simplesmente o prazer de pilotar, muito mais do que a adrenalina de só acelerar e acelerar cada vez mais.








Não deu pra ver bem o emblema do Moto Clube ? Veja essa foto aí ao lado do criador do Moto Clube, o Bahia (Honda CB 1300).


Pronto ! Só o emblema agora.








Saímos em direção a Cascavel, pela BR 277 e, no Posto Tres Fronteiras, aguardamos alguns minutos para mais uma galera se juntar e registramos a foto aí do lado.











E a galera chegando, em ambas as fotos ao lado.











Não dá pra deixar de registrar também a moto do nosso colega Adão, uma Dragstar customizada. Como o Adão é mecânico, mudou o sistema de transmissão principalmente. Veja aí ao lado como ficou.






E nas fotos abaixo, chegando ao Autódromo.

Almoçamos em Cascavel e retornamos para Foz do Iguaçu por volta das 15hs.
Até o próximo passeio.










 


quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Um banco próprio que faz muita diferença.

Semanas atrás estive conversando com um vendedor de uma concessionária Suzuki sobre as taxas de juros aplicáveis aos financiamentos de moto. Como pretendo adquirir um modelo da Suzuki em breve, eu o questionava do porque a Suzuki nunca fazia promoções do tipo 30, 40 ou 50 % de entrada e o restante em até 12 ou 24 parcelas mensais sem juros, enquanto isso é relativamente frequente nas outras grandes montadoras que dominam o mercado (Honda, Yamaha, BMW e etc). E ele me explicava que, enquanto as grandes concorrentes tem seus bancos próprios, a Suzuki fica à mercê das financeiras independentes, que cobram as maiores taxas de juros do mercado.

Só para citar um exemplo, veja a edição de setembro/2012 da Revista Motociclismo, que traz anúncio de um dos modelos BMW, com entrada de R$ 9.999,00 (cerca de 33%) e o restante em 24 parcelas mensais com taxa de juros de 0% a.m. (zero).

A partir da informação do vendedor da Suzuki, e seguindo um raciocínio lógico um tanto óbvio, se considerarmos que cerca de 80 % das vendas do mercado são financiadas, o fato da Suzuki não ter banco próprio, proporcionando dinheiro mais barato para o consumidor, pode estar sendo um grande entrave para que a Suzuki alavanque suas vendas.

Se o fato denunciado pelo vendedor for verdade, penso que a Suzuki precisa repensar urgentemente esse modelo de comercialização de seus produtos no Brasil, sob pena de perder mercado rapidamente para a concorrência. E se isso ocorrer, é realmente uma pena, pois ninguém questiona a qualidade do produto Suzuki.

domingo, 2 de setembro de 2012

E a gente se dá conta.

É não tem jeito. 05h39m da manhã. As maiores inspirações para escrever vem mesmo à noite ou de madrugada, quando perco o sono e começo a pensar ou refletir sobre algo. A reflexão vai aumentando e os olhos cada vez mais arregalados. Pronto: perdi a batalha contra a insônia. E aí, como num “brain-storm”, as idéias e pensamentos começam a pipocar. Levanto, ligo o notebook e começo a escrever estas linhas. Sempre traduzi “brain-storm” como “tempestade de idéias”, mas no dicionário on-line Michaelis, a tradução foi “distúrbio mental repentino”. Fico com a minha tradução mesmo.

Pois é. No modelo de vida padrão que aprendemos e vemos por todo lado, a gente estuda, faz faculdade, trabalha, se casa, cria filhos (não necessariamente nessa ordem) e etc. De casa pro trabalha, do trabalho pra casa. Para fazer a sua parte na perpetuação da espécie, você se envolve nessa árdua tarefa de criar filhos. Doa uma parte de si, de seu tempo, de sua energia e de seu dinheiro. Essa tarefa, se árdua por um lado, também é compensadora e cheia de alegrias por outro. (Gostaria de deixar claro que não sou contra esse modelo de vida padrão). Você se olha no espelho e vê uma ruguinha aqui e outra ali. Os primeiros cabelos brancos começam a aparecer, como também um probleminha de saúde (todo mundo tem um ponto fraco).

Nessa fase da vida e depois de um rápido retrospecto, você conclui que: o tempo passa rápido, a vida é curta e a tarefa de vivê-la tão difícil que, quando começamos a aprendê-la, já pode ser hora de partir. Mas e daí, será que a vida é só isso? Vou levar essa vida até morrer? Pausa............... Não, não pode ser. Deve ter algo mais. Preocupação, desânimo e até depressão nos envolvem nessa hora. Esse algo mais que a vida pode lhe dar, você vai ter de buscar. Vai ter de sair de sua zona de conforto. Talvez o maior problema da maioria das pessoas que chegam nesse ponto seja o fato de levar uma vida cheia de monótonas certezas. A monotonia do dia-a-dia mina nossa energia e nossa alegria. Está certo, devo então viver uma vida cheia de dinâmicas incertezas, para dizer o contrário? Acho que não, mas talvez um mix das duas. Nem oito nem oitenta. Levar uma vida mais equilibrada. Nesse assunto que estamos abordando, você vai ter que achar o seu ponto de equilíbrio, pois cada um tem o seu. É isso mesmo, a vida não é fácil. Se você parte desse pressuposto, fica mais fácil encará-la.

E a gente se dá conta, então, que é preciso tirar a bunda do sofá. É preciso criar objetivos, planejar melhor sua vida. Por exemplo, por falar em planejar, muitas vezes planejamos nosso trabalho de forma a criar metas de curto, médio e longo prazo, com avaliação dos resultados, correções de rumo e etc. Mas, muitas vezes, negligenciamos o planejamento de nossas férias, ou seja, são apenas 30 dias por ano (isso quando não vendemos 10 e gozamos apenas 20) e não nos damos ao trabalho de organizá-las, pesquisando destinos, hotéis, meios de transporte, seja rodoviário, aéreo ou até cruzeiros marítimos. Entretanto, eu já cheguei ao último dia de trabalho antes das férias e respondi a um amigo, que questionava meu destino, que iria ficar na cidade mesmo, pois não tinha programado nada. Se você não fizer um bom planejamento de uso de seu tempo livre, suas férias vão terminar e você não terá feito nada, não conseguirá se desligar do trabalho e só terá férias novamente daqui a um ano ou mais. Esse foi só um exemplo, mas o planejamento de sua vida financeira também é importantíssimo, pois dali virá os recursos para atingir seus objetivos.

Interessante que, às vezes, reclamamos que não temos tempo para fazer as coisas. Por outro lado, quando temos tempo, nós o desperdiçamos ou utilizamos mal. A medicina e os hábitos de vida mais saudáveis prolongam a idade média de vida do cidadão (talvez já por volta dos 75 anos), mas não sabemos bem o que fazer com esse tempo adicional de vida que estamos ganhando.

Uma vez recebi um e-mail que, entre outras dicas e conselhos, dizia: ”pelos menos uma vez ao ano, vá a um lugar que você nunca foi”.
E a gente se dá conta de que é preciso viajar. E viajar por caminhos que você ainda não trilhou, para conhecer novos povos, culturas, sabores e crenças. E não importa como você viaja. Li alguns dos livros publicados pela família Schurmann, que deu voltas ao mundo de veleiro. Muitas outras famílias anônimas também já experimentaram essa viagem. De veleiro, de carro, de bicicleta, caminhando com uma mochila ou de moto. Realmente não importa desde que você se sinta de alma renovada, que experimente aquela euforia interna a que já me referi em outro artigo, que conheça pessoas, que aprenda e compartilhe com elas suas idéias, pensamentos e experiências.

E que você sinta, a cada nova experiência vivida, que a partir daquele momento, você jamais será a mesma pessoa.

Lembrei-me agora da música do Raul Seixas chamada “metamorfose ambulante”. Talvez o segredo esteja aí. Para estar em constante metamorfose, você precisa interagir, compartilhar, relacionar-se com o planeta.