terça-feira, 3 de outubro de 2017

Viagem de moto a Termas de Rio Hondo - MotoGP Argentina 2017 - De 06/04 a 11/04/2017


Primeiramente, quero pedir, a todos os colegas motociclistas e internautas em geral, as minhas humildes desculpas pela demora em publicar o relato e as fotos dessa viagem que realizamos em abril desse ano. Problemas na renovação da assinatura de hospedagem deste blog com o provedor americano, bem como outros problemas de ordem pessoal foram os motivos, mas que não vem ao caso agora.

Sempre com o intuito de incentivar cada vez mais os colegas motociclistas a se aventurar por esse mundão afora, dias atrás li uma citação que acho que vale a pena mencionar aqui:

"O que é o medo?
O medo é a não aceitação da incerteza.
Se aceitarmos a incerteza, ela se torna aventura !"

Bora aventurar-se então galera !!!

Após o grande sucesso da viagem do ano passado pra assistir à corrida da MotoGP 2016, em Termas de Rio Hondo, na Argentina, resolvi repetir a dose esse ano.

Para acessar o relato e as fotos da nossa viagem de 2016, CLIQUE AQUI.

Desde outubro do ano passado, eu e os colegas Edrian, Jorge, Rafa e Caio vínhamos acompanhando a publicação do calendário oficial com as datas das corridas para essa temporada. E a corrida da Argentina foi realizada em 09 de abril de 2017. O colega Caio já havia assistido a corrida de 2015 e, por problemas particulares acabou não acompanhando a gente nesse ano.

Por outro lado, com a publicação das fotos da corrida de 2016 aqui mesmo neste espaço, o blog teve centenas de acessos de motociclistas de várias partes do Brasil interessados em ver a corrida. Foi uma oportunidade de ver a única corrida de MotoGP realizada na América do Sul e, ao mesmo tempo, fazer uma viagem internacional de moto. Além disso, também uma oportunidade de assistir ao vivo o piloto mais famoso da MotoGP, o italiano Valentino Rossi, ou simplesmente VR46, que hoje pilota uma Yamaha de número 46. E como ele já tem 38 anos, pode ser sua última temporada na MotoGP.

Com a grande quantidade de acessos ao blog para ver o relato e as fotos da corrida de 2016, bem como os inúmeros comentários postados pelos internautas, e por sugestão de um dos colegas motociclistas, criei um grupo no aplicativo Whatszap para a troca de informações, dicas, roteiros de viagem e etc. Mesmo após a corrida desse ano, o grupo ainda persiste visando a corrida de 2018 e quem quiser participar é só fornecer o nome completo, localidade e o telefone com DDD para o meu e-mail "vstromer.miti@gmail.com".

Após a publicação do calendário da corrida, começava de novo a luta para comprar os ingressos pela internet no site oficial do evento, o "www.ticketek.com.ar", com cartão de crédito. E como aconteceu na compra do ingresso para 2016, novamente nosso cartão não foi aceito pelo site argentino. A compra simplesmente não era concluída. E não era problema de insuficiência de saldo ou liberação para compra no exterior. Creio eu que o site argentino não estava liberando ingresso para compra por parte de estrangeiros. Mas não admitiam isso oficialmente. Me comuniquei por e-mail, passei todos os dados do cartão para a compra (com muito receio aliás), mas mesmo assim não deu resultado. Em 2016, eu e o colega Edrian viajamos sem ingresso e acabamos comprando lá mesmo em Termas na loja oficial do evento, sem precisar comprar de cambista com preço muito mais caro.

Por outro lado, tem também várias empresas e agências de turismo no Brasil que vendem o pacote da viagem, incluindo viagem ida e volta, ingresso, hospedagem e eventualmente os traslados.

Mas voltando à questão da compra dos ingressos, ou melhor, da decepção em não conseguir comprar, surgiu uma boa alternativa. Eu já estava programando uma viagem de moto com minha esposa para a Argentina, Uruguai e sul do Brasil na virada do ano e assim podia aproveitar e comprar os ingressos pessoalmente, porquê acabei passando pela capital Buenos Aires, onde havia diversos locais oficiais de venda. Essa viagem com minha esposa, que durou 17 dias, já está publicada aqui no blog, com fotos belíssimas dos locais onde passamos. Clique AQUI para acessar essa viagem.

Foi assim, então, lá no centro de Buenos Aires, num dos locais oficiais de venda, no dia 30 de dezembro de 2016, que comprei os três ingressos, o meu, o do Jorge e do Rafa. Lá, o cartão de crédito passava normalmente. Mas comprei no "cash", só pra não pagar os absurdos 6,38 % de imposto IOF cobrados no cartão de crédito para compras no exterior.

O preço dos ingressos tem uma pequena elevação, em pesos argentinos, à medida que a corrida se aproxima, mas nada exagerado.

Um detalhe que chamou a nossa atenção foi que os ingressos para a tribuna do piloto Valentino Rossi esgotaram-se já por volta do final de novembro de 2016. Assim, fica a dica para 2018. Quem quiser ingresso para a tribuna do VR, antecipe a compra. Já não havia ingressos para a tribuna do VR em 30 de dezembro em Buenos Aires, quando comprei.

Foi com certa surpresa, mas também com grande motivação que recebi os comentários e elogios ao artigo sobre a publicação da viagem de 2016. Tamanha foi a repercussão da matéria que alguns encontros e novas amizades foram concretizadas. E é isso que faz o motociclismo ser assim, tão mágico, envolvente e fator de unificação em torno de uma mesma paixão: nossas amadas motos e o motociclismo.

Como Foz do Iguaçu é rota de passagem para muitas das viagens internacionais para Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile, foi possível receber aqui alguns novos amigos, quando as rotas e datas de viagem coincidiam. Foi o caso dos simpáticos irmãos Antonio e Moacir Muzzi, de Belo Horizonte-MG.

Eu, no meio dos irmãos Antonio e Moacir Muzzi, de Belo Horizonte-MG e mais o casal de amigos Odair e Dádiva, no Capitão Bar, em Foz do Iguaçu, no dia 04/04/2017.
Os irmãos Muzzi ainda continuam presentes no grupo do Whatszap "MotoGP 2018", já visando a viagem para o próximo GP. Como eu segui viagem para Termas apenas no dia 06/04, quinta-feira, não foi possível acompanhá-los na estrada.

Nesse mesmo bar estavam outros viajantes para a MotoGP mas acabamos nos desencontrando.

Outro grupo de amigos que acabamos recebendo em Foz foi do Rio de Janeiro, o Nassim, o Marcondes e o Fernando, os dois últimos de Arraial do Cabo-RJ. E o Odair (Burro Branco) e a Dádiva receberam a todos nós em sua chácara, no dia 05 de abril à noite, véspera da nossa partida.

Na chácara do Odair e da Dádiva, em Foz do Iguaçu, no dia 05 de abril á noite, com os 3 amigos do Rio e mais uma galerinha de bem com a vida.
Para a viagem desse ano, recebemos também em Foz do Iguaçu os amigos Flávio Serra e Reginaldo, de Cachoeiro do Itapemirim - ES. Eles chegaram no dia 05/04, quarta-feira, se não me engano, para seguirmos viagem juntos no dia seguinte, pois não conheciam a rota.

Eu registrei essa foto dos amigos Flávio Serra e Reginaldo, o Rafael, o Edrian e o Jorge (da esquerda pra direita).
O Rafael, o Edrian e o Jorge ficaram aguardando na aduana brasileira da Ponte Tancredo Neves - PTN, divisa com a Argentina, enquanto eu fui buscar o Flávio e o Reginaldo no Hotel Ibis, no centro de Foz pela manhã do dia 06 de abril, quinta-feira, para então, pegarmos a estrada. Ainda na fila da aduana argentina para fazermos a imigração, ao comentarmos dos ingressos, o Jorge lembrou-se que tinha esquecido o ingresso em casa. Passamos a aduana e ficamos aguardando o Jorge chegar.

O bizonho do Jorge, juntando-se a nós já do lado argentino, logo depois da aduana, agora feliz por ter lembrado de pegar o ingresso a tempo e puto conosco, que não perdemos a oportunidade da piada.
Abaixo um resuminho da viagem:

Pilotos/Motos: Alexandre Mitiura (Suzuki VStrom 650) ; Edrian (Suzuki GSX-R 1000 SRAD): Rafael (BMW GS 800) ; Jorge (Yamaha Supertenere 1200) ; Reginaldo (Ducati Diavel 1200) ; Flávio (BMW GS 1200).

Destino: Termas de Rio Hondo - Província de Santiago del Estero - Argentina.
Distância total percorrida: 2.880 km, ida e volta (incluindo os deslocamentos no destino)
País(es): Argentina.
Período: 06/04 a 11/04/2017 (quinta a terça).

O roteiro de 2017 foi o mesmo da viagem de 2016. Veja pelo Google Maps:

(clique no mapa para ampliar)




Como em 2016, para percorrer os 1340 km de Foz a Termas, dividimos a viagem em dois dias, sendo que no primeiro dia seguimos e pernoitamos em Resistência (Argentina), distante cerca de 645 km de Foz. Viagem tranquila e tempo bom, sem chuva. Acabamos encontrando na estrada os amigos Marconde, Fernando e Nassim. No segundo dia, sexta-feira, após mais 680 km, chegamos a Termas de Rio Hondo.

Já estamos na estrada. Parada para abastecimento, banheiro, alimentação. Rafa e Jorge na foto.

Uma dica: os postos da bandeira Shell nesse rota tem uma ótima estrutura, com conexão de internet wi-fi, ar condicionado, gasolina confiável, bom banheiro e uma boa lanchonete

Mais uma parada para abastecimento. Da esquerda pra direita, o Rafa, o Jorge, o Edrian, eu e o Reginaldo. O Flávio Serra batendo a foto.
Em Resistência, já é a terceira ou quarta vez que nos hospedamos no Hotel Diamante, fazendo a reserva pelo Booking.com. É um hotel de classe econômica, mas com garagem coberta para as motos, bom atendimento, ar condicionado, ótima conexão wi-fi e um café da manhã excelente para os padrões argentinos. Assim, recomendo a reserva nesse hotel.


Chegando no Hotel Diamante, em Resistência / Argentina.

O amigo Marconde de GS 800 com correia dentada e, mais atrás o amigo Fernando, de GS 1200.

Uma bela foto, que conseguiu reunir os nove amigos que estavam na estrada. Flávio Serra e Reginaldo de Cachoeiro do Itapemirim, Marconde, Fernando e Nassim do Rio de Janeiro, Jorge, Rafa, Edrian e eu (Miti) de Foz.

Eu, Jorge, Nassim e o Rafa.


Nessa região do norte da Argentina, as crianças veneram os pilotos que por ali passam, talvez porquê aquela região recebe os pilotos do Rally Dakar (antigo Rally Paris-Dakar). Aí, quando a gente aparece com motos grandes e todo equipado, as crianças acham que somos famosos e chegam com papel e caneta para pegar o seu autógrafo. Dá para curtir alguns minutos de fama.



      A placa logo à frente já indica Santiago del Estero, a capital da província, Tucuman e Catamarca.


     Algumas estradas argentinas sem acostamento, mas com piso bom, sem buracos. Com os amigos Rafa e Jorge, mais à frente.

Chegando em Termas. Ainda bem que o amigo Jorge parou pra registrar a foto.
O Jorge fazendo a alegria da criançada já em Termas.

Só pra vocês terem uma ideia do tamanho do quarto para quatro pessoas, onde ficamos nesta Pousada.

Na Internet, as fotos pareciam de um lugar magnífico, mas ao vivo, a coisa foi bem diferente. Esta Pousada Costa del Sol não recomendo. Conexão de internet horrível. Ar condicionado não dava conta. Não tinha estacionamento privado ou coberto. As motos ficaram todas na calçada. Como pegamos tempo bom sem chuva em todos os dias, não tivemos grandes problemas. A cidade toda ficou repleta de motos por todos os lados.

    Já em Termas, no dia 07/04/17 à noite, curtindo a pracinha central da cidade com os amigos.


Na fila do posto em Termas, veja a placa com os preços dos combustíveis. A gasolina (nafta) que mais usamos é a mais barata, a "SUPER" (a primeira da placa), que custava 20,60 pesos, ou cerca de R$ 4,12, um pouco mais cara que no Brasil.

No autódromo, sábado, 08 de abril, véspera da corrida, assistindo aos treinos classificatórios.

Na tribuna do Marc Marquez, porquê na tribuna do Valentino Rossi, onde queríamos, não tinha mais ingressos. Tempo fechado e com um vento gelado.

Não podia perder uma foto com as promoters do evento.
No intervalo entre as corridas das três categorias (Moto3, Moto2 e MotoGP), e dentro do espaço do evento, você pode fazer um lanchinho de bife de chorizo a 130 pesos, ou cerca de 26 reais.

Rio Hondo ao fundo.

Prontos pra largada.
Primeira curva após a largada bem na nossa frente.
Foto do telão bem na frente da nossa Tribuna.
O Jorge conseguiu esse "zoom" do nosso piloto favorito, o véinho VR46 saindo pra pista.
Outro "zoom" que o Jorge conseguiu na segunda curva.
Pra você entender a distribuição das tribunas no autódromo, é assim: a tribuna mais próxima da construção vermelha dos boxes, com bandeiras amarelas é a tribuna do "Doutor" VR46. Em seguida vem a tribuna da Ducati, com bandeiras vermelhas. E bem de frente à curva tem a tribuna do Marc Marquez, onde estamos. A tribuna do VR46, por ficar próxima ao prédio dos boxes, não sei se tem ampla visão da largada !!!?? 

Na entrada do evento, eles controlam a entrada de comida e bebida, mas não revistam as mochilas muito bem não. Então, se você levar, lá no fundo de uma pequena mochila, umas 2 garrafinhas de água, barras de cereal e etc, caso queira, dá pra passar. Porquê dentro do parque do evento, as coisas são bem caras.

Em frente à loja onde vende produtos específicos do evento. Compramos bonés e camisetas.

Olha a beleza de máquina que estava lá dentro do evento.


Essa panorâmica 360 graus ficou pequena, mas bem legal.

Na maioria dos pedágios da Argentina, motos não pagam. Veja a plaquinha adiante. E quase não há espaço para se passar pelo corredor. Quem está com baús laterais, tem que tomar cuidado e passar devagar.
Ponte estaiada que liga Corrientes a Resistência, na Argentina. Muito bonita.

Olha a avenida beira rio à direita, com uma prainha bem legal. Já passei várias vezes por essa ponte, mas um dia ainda vou parar na prainha pra tomar uma com a galera.
Foto em Resistência, já no caminho de volta, e vestindo os bonés e camisetas azuis que compramos lá no evento.
Na corrida de 2016, eu, como "suzukeiro" de carteirinha, torci para o Maverick Vinales que corria de Suzuki, mas ele caiu a três voltas do final da corrida.

Na corrida de 2017, o Maverick Vinales ganhou a corrida, mas agora correndo de Yamaha. A Suzuki melhor colocada foi do Andrea Ianone, que chegou em 16. Paciência.

Deu dobradinha da Yamaha no GP da Argentina, com o Vinales em primeiro e o Rossi em segundo. O Marc Marquez caiu. As KTM estrearam esse ano como equipe de fábrica, mas ficaram em 14 e 15. Para um ano de estréia, não estão indo mal.

Quer tiver dúvidas ou precisar de alguma dica ou informação sobre a viagem, pode postar aqui.

A volta para Foz do Iguaçu nos dias 10 e 11 de abril transcorreu sem problemas, com tempo bom

Mais uma viagem de moto realizada com sucesso e sem problemas ou acidentes, graças à proteção Dele.

Abração a todos.


terça-feira, 26 de setembro de 2017

Viagem de moto a Argentina, Uruguai e Sul do Brasil - de 27/12/2016 a 12/01/2017 - Parte 3/3

Na última postagem desta viagem, vou abordar um destino muito procurado pela comunidade motociclística e, em geral pelos brasileiros, ou seja, o sul do Brasil.

Pra melhor visualização do trecho a que me refiro, segue abaixo um "print" do GoogleMaps :



Trecho : Chuí, Pelotas, Cambará do Sul (Canions), Serra do Rio do Rastro, Joaçaba e Foz do Iguaçu.

Nesse trecho, após realizarmos o processo migratório de saída do Uruguai e entrada no Brasil pelo Chuí-RS, pegamos os cerca de 170 km da BR 471 entre Chuí e Pelotas-RS.

Dando sequência, vamos relatando a viagem junto com as imagens.


Reserva Ecológica do Taim, de proteção integral, criada em 1986. Região de banhados, campos, lagoas, praias arenosas e dunas litorâneas,  com capivaras, jacarés e muitas aves, inclusive migratórias : cisne branco, flamingos, maçaricos e etc. Há também muitas espécies de animais, sendo muitos mamíferos.

Embora eu não tenha tirado foto, vi uma pedindo cuidado com pequenos animais que poderiam cruzar a pista.
Chegamos em Pelotas com chuva fraca e fomos direto para a Pousada do Estudante, que reservamos com antecedência. Embora o quarto de casal fosse pequeno, recomendo o local pois o atendimento foi excelente, tivemos garagem coberta para a moto e o café da manhã muito bom. O preço ficou na média, em torno de R$ 170 o quarto de casal com café da manhã. Não gostei muito da cidade de Pelotas por apresentar um aspecto muito antigo, com casas antigas no centro, além do piso de paralelepípedo em quase toda a região central, o que não é lá muito agradável pra quem anda de moto. Mas isso é uma questão de estilo e gosto pessoal, com certeza.

Dia seguinte pela manhã, moto na estrada em direção a Cambará do Sul. Optamos por seguir pela rodovia RS-020 já na altura da cidade de Cachoeirinha, logo depois de passar nos arredores de Porto Alegre. Eu já tinha pesquisado esta rodovia e, com exceção de seu início, ainda em Cachoeirinha, que era estreita e muito movimentada, à medida que fomos ganhando altitude e subindo a serra, o visual passou a ficar muito bonito e tivemos certeza que a decisão de seguir por ela foi acertada.

Passando próximo à entrada da cidade de Taquara-RS. A placa avisa também que há na cidade arquitetura histórica, exposição agropecuária e Museu.

Começamos a subir a serra, o acostamento desaparece mas a rodovia ganha muito em beleza e natureza. 
RS-020, quando puder, não deixe de conhecer.

Repare nas hortênsias coloridas à beira da pista. O GPS nesta foto já marcava uma altitude de 914 metros e subiríamos ainda mais.

Próxima parada na RS-020, Café Tainhas, ótimo local para um lanche, breve descanso, banheiros limpos e etc.
 
Local agradável e um lanche gostoso por um preço bem bom.

Depois do excelente Café Tainhas, seguimos para Cambará do Sul e eis a placa de boas-vindas da cidade.
Em Cambará do Sul, hospedamo-nos na Pousada Cabanas Brisa dos Canyons. É um lugar bem simples por um preço justo de R$99 reais a diária do quarto de casal com café da manhã.

Pousada Cabanas Brisa dos Canyons em Cambará do Sul-RS.
Restaurante "O Casarão", imperdível no centro de Cambará, que serve uma truta maravilhosa.

Trutas para todos os gostos.













Cervejas de diversas marcas, importadas e nacionais.
 Ficamos com a Budweiser mesmo.














Ficamos apenas dois dias em Cambará, o dia da chegada e o dia seguinte inteiro. Terceiro dia, estávamos na estrada.

Mas foi o suficiente para visitarmos os dois cânions mais famosos, o Itaimbezinho e o Fortaleza, marcados na placa ao lado.

Quando estava fazendo o planejamento da viagem, queria seguir direto para São José dos Ausentes, como mostra a placa. Seriam somente 43 km, mas ao pesquisar melhor constatei que não eram asfaltados. E eu com a VStrom com pneus de asfalto, garupa e carregado com baús, se pegasse chuva, estaria em apuros num piso de terra. Então, fiz outra opção, que vocês verão mais adiante.



Contratamos uma das muitas agências de turismo da cidade, para nos levar aos dois cânions, uma vez que o trajeto, apesar de curto, era muito irregular, com terra e pedras grandes.

Segundo o guia que nos levou, tivemos sorte porquê, apesar do tempo fechado, a visibilidade horizontal estava perfeita, permitindo enxergar muito longe. O vento forte estava levando as nuvens pra longe dali, permitindo essa visibilidade perfeita dos cânions. Primeiro cânion, o Itaimbezinho.

Paisagens que dá vontade de sentar ali e ficar pensando na vida, meditando.......


Segura o chapéu, senão vai embora com o vento.

Uma das coisas gratificantes das viagens são as amizades que fazemos. Nesta foto, o guia de boné preto e camiseta do Led Zeppelin e um carioca muito animado.



Segundo os guias, desta posição dá pra ver o mar e a cidade de Torres-RS. Consegui ver o mar, mas a cidade não estava ao meu alcance visual.

Minha Rainha, linda e majestosa como sempre (ou quase sempre,  rsrsrsrsrs....)

Contemplando a beleza da natureza.
Subindo para os melhores mirantes dos cânions. Pequeno esforço físico é necessário.

Não esquece de clicar sobre as fotos para vê-las em tamanho maior. Já reclamaram do tamanho exagerado das fotos que coloco no blog. Mas eu já descobri que ser exagerado está lá na minha essência, então não tem jeito....

Cachoeiras de diversos tipos e tamanhos. Lindas e divinas. Esta da foto
começou a querer formar um arco-íris lá embaixo.

A gente se sente muito bem nesses lugares. Pena que não deu pra trazer a minha companheira VStrom.

Minha majestosa.
Parque Nacional da Serra geral.

Parque Nacional de Aparados da Serra. Trilha do Cotovelo. O Cânion Fortaleza fizemos na parte da tarde.






















Cânion Fortaleza. Alguns acham mais bonito que o Itaimbezinho.



Duas cachoeiras na mesma foto.
Depois dos passeios, era hora de voltar pra casa. Mas eu ainda queria passar na Rota do Sol (BR 453) e na Serra do Rio do Rastro, pois minha esposa não conhecia.

Assim, voltamos uns 30 km até o distrito de Tainhas (onde próximo tem o Café Tainhas onde paramos) para então pegar a BR 453 (conhecida como Rota do Sol) em direção ao litoral (BR 101). Uma pena que, ao invés de Sol, pegamos chuva, então, para nós foi a Rota da Chuva. Mas não tem problema, é só mais um motivo para voltar.



Rota do Sol (BR 453) com chuva.
Na BR 101, passamos pela cidade de Torres-RS, Araranguá-RS, e saindo da BR 101, entramos para Criciúma-SC até a cidade de Lauro Muller, onde se começa a subir a Serra do Rio do Rastro, onde também pegamos chuva. Este motociclista estava parado na subida da serra e paramos para saber se precisava de algo. Era uma moto 150 cilindrada e repare na placa: Maceió-AL. Para quem quer rodar o mundo, não há limites, nem obstáculos. Os limites estão em nossa mente.
Paramos nesta casa de lanches na Serra do Rio do Rastro para tomar um café.
Apesar da chuva na subida da Serra, repare que tem gente parando nos diversos mirantes para tirar fotos.
Olha só a dificuldade de subir dividindo a serra com caminhões grandes. Como a pista é muito estreita, nas curvas que parecem mais um cotovelo, o caminhão acaba invadindo a outra pista (no caso a minha) e não deixa espaço pra você passar. Olha a enrascada.
Ainda bem que o caminhão viu que eu tinha parado a moto e não tinha espaço para passar. Ele também parou no meio da curva e ficou me olhando. Tive que pedir para minha esposa descer da moto, dei ré segurando a moto no freio, bem devagarzinho pra não derrubar a moto.
Dei a volta passando na frente do caminhão parado. Depois que passei, ele se foi. Veja na foto que o caminhão estava descendo mas quase que totalmente na pista contrária. Existe uma placa proibindo a utilização da serra para caminhões acima de um certo cumprimento, mas duvido que todos os caminhoneiros respeitem isso. A foto está embaçada por causa das gotas de chuva na lente da GoPro.
Depois do susto lá na Serra do Rio do Rastro, a chuva deu lugar ao sol, e felizmente chegamos ao Snow Valley, ou Vale Nevado, bom lugar para dar aquela parada para um café ou um chocolate quente. Fica um pouco antes da cidade de São Joaquim, um dos lugares mais frios do Brasil, que chega a nevar no inverno. Foi uma excelente parada depois da chuva que pegamos praticamente o dia todo.


Cansados, porém felizes.
Depois do lanche, pé na estrada de novo. E olha só que legal. Cumprimento mútuo dos viajantes de moto na estrada. Isso aconteceu dezenas de vezes e a câmera pegou esta (a GoPro foi programada para bater 1 foto a cada 30 segundos enquanto filma.)

Pedi para a patroa bater esta foto na entrada da cidade, rodando mesmo. Até que ficou boa. Foi a primeira vez que passamos em São Joaquim. Pena que não deu para parar e conhecer a cidade com calma.


Vista bem legal da sacada do quarto do Hotel Joaçaba. E o bom é que fica na beira da rodovia. Não dá trabalho pra percorrer todo o trânsito da cidade antes de pegar a rodovia.

Paramos no Hotel Joaçaba, da cidade de mesmo nome para descansar e pernoitar. Última parada desta viagem. Recomendo fortemente este hotel pra quem estiver de passagem pela região. Suítes simples, mas limpíssimas, café da manhã divino, com garagem coberta para a moto, excelente conexão wi-fi e preço justo de R$ 160 a diária do quarto de casal.

No restaurante do próprio hotel, um chope pra comemorar nossa viagem.
E assim finalizamos mais uma excelente viagem, com a proteção integral Dele.
Foram alguns meses de planejamento para que esses 17 dias de viagem transcorressem sem problemas, quedas ou algo pior.

A próxima viagem, que já esta programada, será para ver a corrida de MotoGP 2017, na cidade de Termas de Rio Hondo, na Argentina. Pela segunda vez, pois já marcamos presença na corrida de abril de 2016. Veja as fotos e o relato da viagem. Um grande abraço a todos os motociclistas e boas estradas.