quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Dia 2 - 29/12/2014 - De Resistência a Termas de Rio Hondo - 685 km

Antes de iniciar este segundo trecho, um elogio ao Hotel Amerian Hotel Casino Gala, em Resistência-ARG. Inicialmente, tentei reservar hotel em Corrientes, mas não achei nada que nos atendesse, ou porquê estava caro, ou não tinha wi-fi, ou não tinha garagem fechada para as motos, ou não tinha 3 quartos disponíveis para nosso grupo. Assim, reservei o Amerian por US$ 90 o quarto mais 21 % de imposto, pagáveis em pesos argentinos no check-out. Como ficamos em duas pessoas no quarto duplo, ficou 45 dolares por pessoa. A conversão para pesos argentinos é feita pelo câmbio oficial, ou seja, 1 dolar vale 8,60 pesos, o que dá 387 pesos pra cada um. Como compramos o peso argentino em Foz a 0,21 centavos de Real, o custo final por pessoa ficou em R$ 81. Na verdade, com o imposto, vai a R$ 100. Um ótimo hotel, por um preço razoável e que recomendo.

Saímos por volta das 10h, depois de saborear o ótimo café da manhã do Hotel Amerian e pegamos um pouco de chuva, mas só no início do trecho.

Logo após a saída, o Ricardo achou que o pneu traseiro da GS800 do MM estava baixo. Paramos as motos e o Ricardo sacou de sua bagagem o mini-compressor que havia comprado no Paraguai. Tentou encher o pneu do MM, mas parece que o equipamento não funcionou muito bem. Depois, constatamos que o pneu não estava baixo e que o Ricardo queria mesmo era arrumar um motivo pra usar seu novo brinquedinho.

Este segundo trecho é o mais desgastante de todo o percurso, pois o calor excessivo e as longas retas sem atrativos deixam a pilotagem cansativa e sonolenta.

Vejam as fotos abaixo:

O Ricardo tentando encher o pneu da moto do MM sem muito sucesso. Agora, 
o que chama a atenção mesmo é esse macacão "cor de marca texto" do Coyote,
que era visto lá do Chile, enquanto ainda estávamos na Argentina.

Bela foto do grupo abastecendo as motos e sob um calorão de 45 graus no Chaco argentino.
O que estranhamos era que os policiais argentinos não estavam nos incomodando na rodovia. Mandavam nosso grupo passar direto nas blitz e nós, em contrapartida, acenávamos cordialmente. Quando li relatos passados de outros motociclistas nas rodovias argentinas, fiquei preocupado com os achaques e até já havia reservado um dinheirinho para a propina. Mas tal não aconteceu felizmente.

Neste momento que estou escrevendo este relato, já é 14 de janeiro e com a viagem finalizada, constatei que fomos parados uma única vez pelos policiais de trânsito argentinos, mas não pediram qualquer documento pessoal ou da moto. Apenas queriam nos vender a legislação de trânsito argentina sob a forma de livretos. Eu não precisava ter comprado, mas diante da insistência e pra me livrar logo deles, paguei 50 pesos, ou cerca de 11 reais.

O Odair esteve no autódromo internacional de Termas de Rio Hondo, em abril de 2014, e assistiu a uma das etapas do MotoGp, com Valentino Rossi, Marc Marquez e Cia e comentou que um amigo dele ouviu de altos oficiais argentinos que, pelo menos enquanto durasse o contrato de 4 anos daquele autódromo com a MotoGp, os motociclistas estrangeiros não deveriam ser incomodados. Certamente, os oficiais sabem das exigências de propina e também tenho certeza que as reclamações de extorsão dos brasileiros nos respectivos Consulados Argentinos devem ter surtido efeito.

Mas o fato é que, nesta viagem, só apresentamos os documentos da moto e passaporte nas aduanas para fazer os trâmites migratórios de entrada e saída da Argentina e do Chile. Não fomos incomodados pelas policias desses países durante a viagem.

Minha Suzi (VStrom 650) em primeiro plano na foto.

Da esquerda pra direita, o Odair, sua esposa Dadiva e eu,
 já em Termas de Rio Hondo, aguardando na calçada enquanto
 o restante do grupo negociava a diária de hotel.

A recepção do hotel afirmou que havia piscina, mas quando
entramos para checar, olha o estado lastimável dela.
Fugimos rapidinho desse hotel.

O Ricardo em sua BMW GS 1200.

O Coyote, também de GS 1200.
Apesar de ter levado minha câmera GoPro presa na lateral do capacete e também minha máquina fotográfica, não tiramos muitas fotos desse segundo trecho, porquê, como disse, não havia atrativos, apenas um calorão infernal.

Apesar de haver o Amerian Hotel também em Termas de Rio Hondo, acabamos ficando no Hotel Los Felipo, que não recomendo, pois as garagens para as motos não ficam no próprio hotel, mas num estacionamento a meia quadra de distância e que o gerente do hotel mantem trancado. Assim, se você precisar pegar algo na moto, fica trabalhoso. Além disso, não havia sinal wi-fi no quarto, apenas na área do restaurante e um sinal muito fraco. Sem mencionar que o Ricardo achou uma barata na cama dele debaixo dos lençois pela manhã, enquanto arrumava as coisas. Ficamos depois nos lamentando e perguntando porquê não fomos ao Amerian perguntar o preço, pelo menos.

O único ponto bom do hotel Los Felipo é a piscina termal de águas quentes. Se estivéssemos no inverno, época de alta temporada na cidade, o hotel e a piscina estariam lotados, sem dúvida.

Em relação ao sinal wi-fi, muitos podem pensar que, numa viagem dessas, que é pra curtir e desestressar, devemos nos livrar das coisas que fazem lembrar nosso cotidiano, como o celular, computador e etc. Mas acho que não dá mesmo pra gente se livrar do celular. Eu não habilitei o celular pra uso no exterior e nem precisava, pois é possível falar pelo celular com qualquer pessoa pelo aplicativo Messenger do Facebook. Eu não sabia disso e fui avisado pelo Marconde MM. Baixei e instalei o aplicativo pelo Play Store do celular e pronto. Basta que voce combine um horário pra acessar o Facebook Messenger com o parente ou amigo com quem quer falar e pronto. Ligações internacionais de graça, 0800.

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